terça-feira, 25 de novembro de 2008

ATLETISMO:BRASIL PODE HERDAR OURO CASO DOPING SEJA CONFIRMADO DAS OLÍMPIADAS DE 2000

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu investigar a confissão do ex-velocista norte-americano Tim Montgomery de que usou doping antes de participar da equipe de revezamento 4x100 m, em que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Sydney, em 2000. O Brasil, que chegou em segundo lugar na prova, pode herdar o ouro caso o COI decida cassar a medalha conquistada pelos Estados Unidos devido ao possível doping.
Emmanuelle Moreau, porta-voz do COI, disse nesta terça-feira que a entidade examinará o assunto como parte da sua investigação do caso Balco, laboratório que distribuiu esteróides ilegais a inúmeros atletas olímpicos.
"Em 2004, o COI instituiu uma comissão disciplinar com vistas a investigar como o caso poderia ter afetado as competições dos Jogos Olímpicos", disse ela.
Montgomery, ex-recordista mundial dos 100 m, foi suspenso durante dois anos pelo uso de doping do laboratório Balco. Sua ex-namorada Marion Jones perdeu as cinco medalhas que conquistou em Sydney e foi presa por mentir a investigadores.
Montgomery, 33 anos, que foi sentenciado a quase nove anos de prisão por porte de heroína e fraude financeira, fez a confissão do uso de doping antes dos Jogos de Sydney à emissora HBO, em um programa que deve ir ao ar nesta terça-feira.
O ex-corredor disse que usou substâncias proibidas em várias ocasiões naquela época. "Antes dos Jogos Olímpicos de 2000 na Austrália eu violei regras", disse ele. "Usei testosterona e aí usei HGH (hormônio do crescimento) quatro vezes por mês. Estou sentado sobre uma medalha de ouro que não consegui com a minha própria capacidade."
Em 2002, Montgomery cravou o recorde mundial de 9s78 nos 100 m rasos, marca posteriormente anulada com a descoberta do doping. Em 2005, o atleta foi proibido e competir. A assessora do COI disse que a entidade também apóia a proposta do Comitê Olímpico dos EUA para que a medalha de Montgomery seja devolvida voluntariamente.

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