TÉCNICO FELIPÃO DIZ QUE FUTEBOL HOJE É DINHEIRO
Treinador fala sobre o futebol no Uzbequistão, descarta a Copa do Mundo e diz que encerra carreira no Brasil depois de cumprir contrato no Bunyodkor
Felipão em entrevista coletiva pelo Bunyodkor O técnico Felipão resolveu sair dos holofotes do futebol europeu nesta temporada e foi para o Uzbequistão para dirigir o Bunyodkor, onde encontrou com o meia Rivaldo. Depois de treinar o Chelsea, o brasileiro agora encara novos desafios e, em entrevista ao site oficial da Fifa, falou sobre seu futuro próximo e o que encontrou no distante país.
Além de disputar o campeonato nacional, o Bunyodkor também luta pelo título da Liga dos Campeões da Ásia, para marcar presença no Mundial de Clubes no fim do ano, em Dubai, nos Emirados Árabes. Felipão contou como foi parar no Uzbequistão e garantiu que o amigo Rivaldo teve influência direta na decisão.
- Rivaldo sugeriu-me. Ele já estava aqui há quase um ano. Eu já conhecia a estrutura do clube e fiquei fascinado pela ambição dos donos do Bunyodkor. Um projeto deste porte é uma fantasia – explicou o brasileiro.
Apesar de garantir que gostou muito da estrutura apresentada, Felipão assume que conhecia muito pouco sobre o futebol de lá. Como em muitos países da Europa, o Uzbequistão tem apenas dois times grandes que costumam lutar pelo título nacional, o que é visto pelo treinador como um impedimento para a evolução do esporte.
- Honestamente, eu não sabia muito sobre ele (campeonato nacional) até que o Rivaldo foi para lá. Mas agora eu posso dizer muita coisa. Obviamente, Bunyodkor e Pakhtakor são muito mais fortes do que o resto dos times aqui, e eles lutam pelo título. Se três ou quatro equipes começarem a competir contra os dois gigantes do futebol do Uzbequistão irá progredir em um ritmo acelerado – disse Felipão.
O treinador falou também sobre as mudanças no futebol ao redor do mundo e lembrou que hoje em dia tudo se resume a dinheiro. Segundo ele, os jogadores se preocupavam mais com a própria imagem, bem diferente dos dias atuais quando trocar constantemente de time se tornou normal.
- Os negócios ganharam um grande espaço no futebol atual. É tudo em função de ganhar dinheiro. Os jogadores constantemente trocam de time. Antigamente estavam mais preocupados em não serem tachados como mercenários. Hoje, as equipes contam muito mais com seus treinadores.
Sobre seu futuro, o brasileiro garantiu que não pretende voltar tão cedo para o futebol europeu, mas não descartou uma volta um dia caso seus filhos resolvam estudar por lá. Porém, Felipão garantiu que tem mais vontade de treinar uma equipe no Brasil antes de se aposentar e descartou a possibilidade de estar na próxima Copa do Mundo.
- Tenho um contrato de 18 meses com o Bunyodkor. Depois disso, talvez (volte para Europa). Talvez eu estenda minha estadia aqui, ou não. Mas eu sonho voltar ao Brasil, onde eu quero terminar a minha carreira. No entanto, se um dos meus filhos manifestar o interesse de estudar em uma universidade na Europa, então seria necessário eu trabalhar por lá.
O treinador descartou ainda qualquer possibilidade de estar na próxima Copa do Mundo e garantiu que isto não faz parte dos seus planos. Por fim, o treinador elegeu a melhor seleção e o melhor time do mundo no momento.
- Como brasileiro, é uma pergunta fácil de responder - eu sempre acho que o Brasil tem a melhor equipe nacional e acho que Barcelona é o melhor time. Eles jogam futebol tão bonito – concluiu.
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