segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

GRÊMIO LUTA MUITO,VENCE O GALO,MAS FICA COM O VICE

TRICOLOR FEZ 2 X 0 NO ATLÉTICO/MG,MAS NÃO ADIANTOU

O Grêmio até pode ter morrido na beira da praia, como diz o ditado, mas nadou até o fim, incansável. Como de costume, fez o que podia, sendo muito aplaudido pelos torcedores no Olímpico lotado. Mesmo jogando pouco, o Tricolor gaúcho bateu o Atlético-MG por 2 a 0. Ficou com o vice-campeonato do Brasileirão 2008 porque o São Paulo, com uma recuperação impressionante no segundo turno, garantiu nova vitória, desta vez sobre o Goiás por 1 a 0, com gol de Borges em posição irregular, e conquistou o hexacampeonato nacional. A diferença entre campeão e vice ficou em três pontos – 75 contra 72. O Grêmio só seria campeão se vencesse e o Tricolor Paulista fosse derrotado, o que não aconteceu. Restou a vaga na Libertadores e o orgulho por uma campanha que talvez tenha ido além dos limites do time. De rebaixável, o Grêmio virou o segundo melhor time do país. Para vencer o Atlético, teve que suar, do mesmo jeito que fez durante todo o Brasileirão. O Galo lutou, disputou cada bola, vendeu caro o resultado. No fim do jogo, a torcida gremista fez a festa, mesmo assim, e ainda gritou: - Grêmio, Grêmio, seremos campeões da América. O gol do Grêmio foi de seu capitão. Tcheco, aos 17 minutos do segundo tempo, marcou em cobrança de pênalti. Os mineiros, com a derrota, ficaram estacionados nos 48 pontos, em 12º lugar, com uma vaga na Sul-Americana do ano que vem. Esperança vira frustração no primeiro tempo Os primeiros minutos de jogo foram de esperança para o Grêmio. Enquanto o Goiás ameaçava o São Paulo no Bezerrão, o Tricolor dominava o Atlético no Olímpico. O sonho parecia possível. O time de Celso Roth começou criando chances. E desperdiçando todas elas. Souza foi o destaque. Apareceu bem pela direita e produziu quase tudo que o Tricolor teve na primeira etapa. Com sete minutos, mandou uma bomba. O goleiro espalmou. Aos 33, mandou outra. E o goleiro espalmou de novo. Perea também teve boa chance, mas a zaga desviou. O clima era de otimismo. A torcida apoiava na arquibancada, o time mandava bem em campo. Mas aí saiu o gol do São Paulo sobre o Goiás. Aquilo que era viável tornou-se quase impossível. A torcida sentiu a pancada. E o time parou de produzir. A esperança virou frustração para o Grêmio. O Galo, brioso, cresceu na parada. Castillo, aos 39, mandou colocado, da esquerda, e obrigou Victor a fazer uma daquelas defesas que ele colecionou ao longo da competição. Antes, o Atlético fizera dois gols, mas em ambos a arbitragem marcou impedimento. O segundo lance, com conclusão de Pedro Paulo, é muito duvidoso. Certo mesmo é que os sustos levados pelo time gaúcho foram uma síntese da queda de rendimento da equipe no gramado. O Tricolor parou de produzir. Pior: nervoso, passou a errar passes. A torcida chegou a reclamar, mas não deixou de cantar. Sonho imortal A situação já não era das mais animadoras, mas os sonhos gremistas também carregam certa imortalidade. Aos 15 minutos do segundo tempo, Felipe Mattioni foi derrubado na área por César Prates. Tcheco cobrou com qualidade para dar nova dose de ânimo aos gremistas. Logo depois, o estádio explodiu em euforia. A torcida ouviu a narração de um gol do Figueirense sobre o Inter e pensou que fosse do Goiás. Foram alguns segundos de êxtase. Mas longe do Olímpico, lá no Distrito Federal, o São Paulo segurava o adversário e se mantinha firme e forte no caminho do título. O Grêmio continuou no ataque, buscando o tempo todo um segundo gol que, na prática, foi inútil. Mesmo assim, Soares, de cabeça, fechou o placar aos 37. Para um time que não desiste nunca, foi mesmo o melhor a fazer. A torcida, orgulhosa, deixou de lado a dor pela perda do título e aplaudiu os atletas. Foi mais um afago para jogadores que, em sua maioria, seguirão no Olímpico em 2009, ano de Libertadores. E como os gremistas gostam de uma Libertadores.

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