NO MINEIRÃO ATLÉTICO PR BATE O CRUZEIRO
Antônio Lopes está de volta ao Atlético-PR e com ele os bons ventos. Na reestreia do técnico, o Furacão derrotou o Cruzeiro, fora de casa, por 2 a 0, pela 17ª rodada do Brasileirão. Marcinho e Gabriel marcaram na segunda vitória seguida do Rubro-Negro. No Mineirão, a partida não foi lá essas coisas. O estilo pegado dos dois times prevaleceu. Prova disso foram as três expulsões do duelo, duas do lado mineiro. Com o resultado, o Furacão deixa a zona de rebaixamento e assume o 14º lugar, com 18 pontos. O Cruzeiro fica em 16º, com 16.
No próximo fim de semana, as duas equipes jogam fora de casa. O Cruzeiro visita o Coritiba, no Paraná, enquanto o Furacão vai ao Rio de Janeiro para enfrentar o Botafogo.
Susto, berros, expulsões e pouco futebol
Uma cena pouco comum nesta temporada marcou o início da partida no Mineirão. Aos dois minutos, o goleiro Fábio, destaque do Cruzeiro, falhou feio e deu um susto na torcida celeste. Paulo Baier cobrou falta em diagonal, o camisa 1 bateu roupa, e o zagueiro Rhodolfo, impedido, completou para o gol. Sorte do capitão que a arbitragem anulou o lance corretamente. Apesar do primeiro lance de perigo ser rubro-negro, a Raposa tomou a iniciativa, mas esbarrou numa marcação dura do Furacão. Na reestreia do técnico Antônio Lopes, os gritos que marcaram a carreira do ex-delegado chamaram a atenção. Desde os primeiros minutos, ele não poupou a garganta para orientar os novos comandados. A superioridade do Cruzeiro aumentou a partir dos 17 minutos. O volante Henrique tabelou bonito com Wellington Paulista na ponta direita, recebeu de volta e foi seguro pelo zagueiro Bruno Costa. O defensor recebeu o segundo cartão amarelo e depois o vermelho. Imediatamente, o técnico Adilson Batista chamou o atacante Soares no banco de reservas. O atacante entrou no lugar do volante Elicarlos que, improvisado na lateral direita, torceu o tornozelo direito e não conseguiu continuar em campo. Antônio Lopes tirou o atacante Wesley e lançou o zagueiro Manoel para recompor a defesa. O jogo virou uma pressão só. Soares, Wellington Paulista e Kléber no ataque tentavam se alternar pelas laterais para furar a retranca paranaense. E que retranca. Raras foram as vezes que o goleiro Galatto precisou trabalhar. Quem mais chegou perto do gol foi Bernardo, aos 28. Na entrada da área, ele encarou a marcação, achou um espaço e bateu colocado. Susto para o goleiro, mas bola pela linha de fundo. Só dez minutos mais tarde um novo lance de perigo. Aos 38, Marquinhos Paraná, no centésimo jogo dele com a camisa azul, arriscou de longe, sem direção.
Aos 43, Bernardo fez uma falta boba em Rhodolfo dentro da grande área adversária, recebeu o segundo amarelo e foi para a rua. Na saída, os cruzeirenses chamaram o jovem meia de "burro". Décima expulsão em 16 jogos no Brasileiro. Com a igualdade no número de jogadores em campo, o Atlético começou a se lançar um pouco mais ao ataque, mas não havia tempo para nada. O placar em branco se justifica pelo primeiro tempo muito fraco.
Fechadinho, Furacão se dá bem
Na volta do intervalo, os dois treinadores mexeram. Adilson tirou Athirson e lançou o garoto Diego Renan. Ele entrou para jogar na lateral direita, enquanto o volante Henrique foi deslocado para a esquerda. Antônio Lopes trocou um atacante por outro. Wallyson deu lugar a Patrick. Lopes se deu melhor. Aos três, Leonardo Silva deixou Paulo Baier livre na direita para fazer o cruzamento e Marcinho, que já vestiu a camisa do Cruzeiro, entrou livre de marcação para para abrir o placar de carrinho. O estraente zagueiro Gil e Diego Renan apenas olharam.
A pressão celeste, que já havia sido intensa no primeiro tempo, recomeçou. Kléber, sempre muito participativo, tentava de todas as formas levar perigo ao gol adversário e jogar o time para frente. Muito bem marcado, pouco conseguiu. De longe, o garoto Diego Renan tentou, aos oito, mas a pontaria não foi das melhores. Um minuto depois, Wellington Paulista recebeu de Fabrício na área, bateu rápido e rasteiro com o pé esquerdo, mas Galatto estava atento para denfender com as pernas. O camisa 1 apareceria bem novamente aos 13. Fabrício cruzou na segunda trave, Marquinhos Paraná apareceu feito um foguete para bater de primeira, mas o goleiro defendeu de forma espetacular. No rebote, Soares isolou da linha da pequena área.
A rotina de expulsões do Cruzeiro neste Brasileirão continua. Aos 24, Kléber, que reclamava muito das faltas não marcadas sobre ele, recebeu o segundo cartão amarelo depois de cometer uma em Manoel e também foi punido com o vermelho por Sálvio Spinola Fagundes Filho. Décima primeira expulsão da Raposa em 16 jogos do Nacional. Assim como na partida contra Grêmio, o time de Adilson Batista ficou com apenas nove atletas em campo.
Com Rômulo e Soares na frente e sem um articulador de jogadas, ficou muito difícil para o Cruzeiro criar qualquer chance de gol. Com o domínio da partida, o Atlético se preocupou apenas em administrar o placar e aproveitar contra-ataques. Aos 35, Gabriel quase fez um golaço. Ele recebeu na área, tentou encobrir Fábio, mas o goleiro voltou a tempo de mandar para escanteio. A vitória foi sacramentada aos 42. Gabriel recebeu na entrada da área, encarou a marcação e bateu forte para ampliar: 2 a 0. O placar gerou protestos da torcida cruzeirense e deixou Adilson Batista sem ação na lateral do gramado. Para o Furacão, pode ser o início de uma nova fase.
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