OLIMPÍADAS DE LONDRES: MENINAS DO VÔLEI BRASILEIRO FICAM COM O OURO
OURO VEIO EM CIMA DAS "FAVORITAS" AMERICANAS
MENINAS BRASILEIRAS SÃO BICAMPEÃS OLÍMPICAS
A Seleção feminina de vôlei é bicampeã olímpica. Reeditando a última final dos Jogos, em Pequim-08, a vitória por 3 a 1 sobre os EUA (11-25, 25-17, 25-20 e 25-17), neste sábado, consagrou José Roberto Guimarães como o primeiro tricampeão olímpico do esporte brasileiro, todas as três oportunidades como técnico. Sem o peso do favoritismo, a Seleção Brasileira penou, mas cresceu na competição e entrou para um grupo seleto de bicampeãs olímpicas no vôlei feminino, igualando União Soviética (1968 E 1972) e Cuba (1992, 1996 E 2000).
A trajetória dessa Seleção em Londres teve nuances de uma narrativa épica. Fabíola, levantadora titular e eleita a melhor da posição na última Superliga, foi preterida e ficou no Brasil. Fernandinha, uma caloura de 32 anos e 1m72 na equipe brasileira, assumiu a titularidade no início da competição mais importante do ciclo, mas logo foi sacada. Entrou Dani Lins, de terceira opção a principal levantadora da equipe que sofria com um problema crônico no setor desde a saída de Fofão. Sem sentir o peso da responsabilidade, ela comandou a distribuição do jogo brasileiro com maestria.
E como não falar de Scheilla e sua inesquecível atuação no tie-break contra as russas - aliás, esse, um capítulo a parte nessa epopeia. Gamova e cia eram sempre vistas como um fantasma para o Brasil. Bastava o time russo aparecer no caminho da Seleção que voltavam as lembranças daquele 24 a 19, daquela semifinal em Atenas-2004, das derrotas nos Mundiais de 2006 e 2010, como se fosse impossível vencê-las. Pois essa Seleção, aquela mesma que chegou em Londres desacreditada e fez uma primeira fase claudicante, tornou isso possível.
Primeira fase essa que teve uma quase inexplicável derrota para a Coreia do Sul por 3 sets a 0. Teve também uma derrota para as próprias americanas, essa dentro do previsto, por 3 a 1. A vaga só veio na última rodada, com a ajuda das americanas, que bateram a Turquia e mantiveram vivas as chances do Brasil de prosseguir no torneio.
Em Jogos Olímpicos, o Brasil já havia encontrado as americanas em oito oportunidades, com quatro vitórias para cada lado. Mas na única final que as duas equipes haviam protagonizado, aquela de Pequim-08, o Brasil levou a melhor. E voltou a triunfar na hora decisiva neste sábado.
Terminado esse ciclo olímpico, o futuro de José Roberto Guimarães à frente da Seleção feminina de vôlei ainda é incerto. De volta ao Brasil para assumir o comando do recém-criado time feminino de Campinas, o primeiro tricampeão olímpico brasileiro disse antes da Olimpíada que sua permanência dependeria muito do resultado obtido em Londres. Agora, é esperar e comemorar o bicampeonato olímpico.
FONTE: LANCEPRESS
Marcadores: ESTADOS UNIDOS, EUA, FINAL, INGLATERRA, LONDRES, OLIMPÍADAS, OURO, SELEÇÃO BRASILEIRA, VÔLEI FEMININO
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