sábado, 19 de janeiro de 2013

VIOLÊNCIAS NO FUTEBOL URUGUAIO PARALISA FUTEBOL POR 10 DIAS

Foto: Video/Reprodução

O Uruguai deu um passo ousado para acabar com a violência do futebol. O presidente da Associação Uruguaia de Futebol, Sebastian Bauza anunciou a proibição após o incidente no final do clássico da última quarta entre Peñarol e Nacional em que o goleiro Jorge Bava, do Nacional, socou um policial e foi preso.
Além da violência dentro de campo, um jovem foi hospitalizado depois de levar um tiro durante uma briga entre grupos de torcedores rivais em uma rua perto do estádio Centenário, em Montevidéu, antes do jogo.
“Concordamos (com o Ministério do Interior) que temos que tomar decisões e enviar sinais de que há limites que devem ser respeitados. As ações que aconteceram fora e dentro do estádio Centenário não devem se repetir”, disse Bauza em uma entrevista coletiva.
A briga envolvendo o goleiro do Nacional Jorge Bava começou quando policiais entraram em campo para proteger o árbitro das reclamações dos atletas do Nacional após o apito final do jogo.

Após agredir o policial a prisão de Bava foi imediatamente decretada pelo juiz Alejandro Guido, que acompanhava a partida pela televisão e telefonou para a delegacia de polícia que fica tradicional no estádio.
O goleiro passou a noite na cadeia e foi libertado na quinta-feira após se desculpar publicamente por suas ações. Ele alegou ter revidado depois de ser atingido por escudos e cassetetes dos policiais e foi apoiado pelo clube.

“Falar do erro de Bava e circular a versão de que a diretoria analisou a possibilidade de rescindir o seu contrato não só se ajusta à verdade, como também ajuda a esquecer que não se marcou um pênalti e não se puniu como correspondia uma forte infração”, afirmou o presidente do Nacional, Eduardo Ache, ao diário uruguaio "Ovación".
Por conta da decisão, o Peñarol não poderá jogar a final de um torneio amistoso de verão contra o Atlético Tucuman, da segunda divisão argentina, que estava programada para este sábado. Não vai atrapalhar em nada a temporada do futebol uruguaio, mas do ponto de vista simbólico é uma atitude que deixa claro até onde os cartolas de lá estão preocupados em coibir a violência no futebol.

INFORMAÇÕES: RAFA SANTOS/FUTEBOL CINCO ESTRELAS

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