sexta-feira, 28 de novembro de 2008

RENATO GAÚCHO DIZ:NUNCA MAIS VOU PEGAR CLUBE NESTA SITUAÇÃO

TREINADOR DO VASCO NÃO PEGA MAIS CLUBES EM SITUAÇÃO DE REBAIXAMENTO

Poucas horas de sono, pressão da torcida, trabalho em excesso, sistema nervoso a mil por hora. Para Renato Gaúcho basta. Foi a primeira e última vez. O treinador disse nesta sexta-feira, em São Januário, que não aceita mais convites de clubes que estão lutando contra o rebaixamento. O treinador assumiu o Vasco na 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foram 11 jogos, com seis derrotas, dois empates e três vitórias. - Não vejo a hora que acabe tudo isso. E espero que tenha um final feliz. Nunca mais vou pegar um clube nesta situação. Só eu sei o que tenho passado. É muito difícil - disse Renato Gaúcho, que garante não estar arrependido de ter assumido o Vasco. - Não estou arrependido. No próximo ano, se um clube estiver em uma situação assim, eu não pego. Não tenho dormido, não fico com a minha família. Só tenho trabalhado. Mas sei que fiz tudo o que podia. Estou com a consciência tranqüila.
Renato vive tempos difíceis em São Januário
Não foi a primeira vez que Renato Gaúcho luta contra o rebaixamento. Em 1996, com o Fluminense, ele deixou de ser jogador e virou técnico na reta final do Brasileiro. - Ali eu era jogador e estava machucado. Dirigi o time a pedido dos dirigentes em cinco, seis jogos. Hoje sou treinador. É muito diferente. E antigamente havia a virada de mesa. O jogo contra o Coritiba tem clima de decisão. Mas Renato Gaúcho garante que é bem diferente decidir um título e lutar para tirar um time da zona do rebaixamento. - O ambiente quando se disputa um título é alegre, mais solto. Contra o rebaixamento é mais difícil, a gente sofre, a pressão é maior, o clima fica mais pesado, tem a cobrança, a parte psicológica. A gente precisa trabalhar muito a cabeça do jogador. A pressão faz você errar uma bola que normalmente não erra. É bem diferente.
Nesta sexta-feira, Renato Gaúcho foi a primeira pessoa a entrar no gramado de São Januário. O treinador ficou sentado, encostado em uma barreira móvel, pensando e olhando para o nada.
- A gente fica pensando. Qual é a equipe que vai jogar? O que pode acontecer na partida? Tudo passa na nossa cabeça neste momento. É o treinador que pensa em tudo. O jogador treina e depois pega as coisas e vai embora. A gente não pára em casa, fica pensando o tempo inteiro o que fazer. Não sou perfeito. Às vezes, erro. Mas penso, repenso no que posso e devo fazer.

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