segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

VASCO LEVA 2 X 0 DO VITÓRIA E É REBAIXADO

TORCEDOR VASCAÍNO CHORA PELO DIA MAIS TRISTE NO SÃO JANUÁRIO

Um ano de muitos problemas internos e conturbação política, até com troca de presidente no Vasco, terminou com o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro neste dia 7 de dezembro de 2008, o mais triste da história do Gigante da Colina. Precisando de muitos resultados para permanecer na elite, a equipe cruzmaltina sequer se ajudou, pois perdeu para o Vitória por 2 a 0, gols de Leandro Domingues e Adriano, em São Januário, diante da torcida, que fez a sua parte, e apoiou do início ao fim, mas não foi o suficiente. O choro de Pedrinho, que estava no banco de reservas, simbolizou bem a desilusão que se abateu no estádio e em todos os vascaínos pelo Brasil afora. A cena mais dramática em São Januário aconteceu logo após a partida, quando um torcedor, identificado apenas como Fernando, ameaçou se jogar da marquise do estádio. Policiais e bombeiros conseguiram impedir que o ato de desespero do cruzmaltino se concretizasse.Nenhum resultado ajudaria a salvar o Vasco da degola, já que o Atlético-PR venceu o Flamengo por 5 a 3, o Náutico empatou diante do Santos sem gols, e, mesmo o Figueirense, igualmente rebaixado, superou o Internacional por 3 a 1. Resta ao Gigante da Colina se estruturar e iniciar a sua grande virada em 2009, já que o 18º lugar e os 40 pontos neste ano não estão à altura do Clube de Regatas Vasco da Gama, tetracampeão brasileiro. A volta à elite é mais um desafio na trajetória de um dos clubes mais vencedores do futebol nacional. A partida também marcou a despedida de Edmundo, um dos maiores ídolos da história do clube, que, antes do jogo, anunciava que esta seria a última vez que defenderia o Vasco, independentemente do que acontecesse. Ele começou como titular no ataque, mas, apesar de lutar muito, não foi capaz de evitar a frustração do rebaixamento. O Vitória encerra a competição na 10ª posição, com 52 pontos, honrosa para um time que voltou a figurar na elite do futebol brasileiro neste ano e jamais foi ameaçado pelo rebaixamento. Ao longo do campeonato, o Rubro-Negro chegou a brigar por vaga na Libertadores, mas caiu de rendimento no segundo turno e ficou apenas com a classificação para a Copa Sul-Americana no fim das contas. Vitória aproveita nervosismo cruzmaltino desde o início Com espaço dado pela zaga do Vasco graças ao esquema ofensivo do técnico Renato Gaúcho, o Vitória começou o jogo pressionando especialmente o lado direito, com o lateral Wallace. Mas a torcida não se deixou abater, gritando sem parar para apoiar o time cruzmaltino. Aos cinco minutos, Edmundo começou a se irritar com a arbitragem quando levava a bola pela direita, foi derrubado, mas nada foi marcado. A primeira boa chance vascaína aconteceu aos oito, quando Madson cobrou falta pela direita, a zaga não afastou bem e a bola sobrou para Alex Teixeira soltar o pé para defesa segura do goleiro Gléguer. No minuto seguinte, Matheus arriscou de longe e errou o alvo. O Vitória voltou a se animar aos dez minutos, quando Jackson percebeu a penetração de Leandro Domingues. O camisa 10 chegou chutando, mas, desta vez, mandou por cima da meta defendida por Rafael. A postura ofensiva dos baianos proporcionou um contra-ataque aos donos da casa aos 14. Edmundo lançou Alex Teixeira, mas Leonardo Silva estava atento, desviou e Gléguer afastou de vez o perigo com os pés. Neste momento, o Atlético-PR abriu o placar diante do Flamengo, em Curitiba, resultado que não favorecia o Vasco, e, por isso, não foi mostrado no placar eletrônico de São Januário. Mesmo aparentemente sem saber da má notícia, o time vascaíno parecia nervoso, tanto que Odvan levou um cartão amarelo sem a bola estar em jogo por empurrar repetidamente um adversário antes de o escanteio ser cobrado. Aos 22, o grito de gol quase ecoou em São Januário. Madson mandou uma bomba, Edmundo, em posição de impedimento, apareceu na cara de Gléguer, que espalmou nos pés de Matheus. O meia fez o gol, que foi invalidado devido à posição irregular do Animal. A rede foi balançada dois minutos depois, mas não do jeito que a torcida cruzmaltina imaginava. Marquinhos tocou para Leandro Domingues entrar livre na área e vencer o goleiro para fazer 1 a 0 a favor dos visitantes. O Vasco não se ajudava, mas o Inter bem que fazia sua parte ao inaugurar o placar contra o Figueirense. Na Arena da Baixada, no entanto, o Atlético-PR aumentava a vantagem sobre o Flamengo para 2 a 0. Em São Januário, quem seguia melhor era a equipe baiana. Leandro Domingues desequilibrou em dois lances. Aos 29, o meia aplicou um drible da vaca em Odvan, mas adiantou demais a bola, e, aos 31, em cobrança de escanteio, Leonardo Silva deu uma cabeçada que passou raspando. Sem tranqüilidade para criar bons lances, a saída encontrada por Madson, aos 39, foi arriscar de longe, e o chute passou bem perto. O Vitória segurava o resultado, enquanto o placar se movimentava no Paraná. O Fla reagiu, mas o Furacão também marcou, e o placar de 3 a 2 para o time da casa ainda não adiantava para o Vasco. Com apenas um resultado a seu favor, precisando de vitória do Santos, que empatava sem gols, ou do Fla, que perdia, o Gigante da Colina deixou o campo com a torcida em silêncio com um incentivo no placar eletrônico: "Vascaínos, vamos virar esse jogo. Aplauda e incentive o nosso time." Começo empolgado do Vasco, mas nada de gol A torcida voltou para o segundo tempo com ainda mais ânimo e o Vasco também. Gléguer apareceu bem em dois lances fazendo uma bela defesa na cabeçada de Leandro Amaral aos cinco, e pegando firme um chute de Madson no minuto seguinte. Aos sete, a bola desviada na zaga quase entrou na própria rede do Vitória. Só dava Vasco, e Odvan tentou alcançar bola pelo alto que sobraria para Leandro Amaral cara a cara com o goleiro. Aos dez, Edmundo recebeu de Leandro Amaral, penetrou na área rubro-negra e bateu cruzado, sem direção. O Vasco seguia pressionando mesmo sem os resultados ajudarem, pois o Atlético-PR vencia, e o Náutico segurava o empate com o Santos. O único resultado favorável acontecia em Florianópolis, pois, mesmo o Figueirense empatando diante do Inter, a vitória vascaína bastava para ultrapassar o rival catarinense. Aos 15, Madson bateu falta e Gléguer brilhou novamente com mais uma defesaça. O ritmo alucinante do início da segunda etapa foi diminuindo quando o Figueirense virou diante do Inter para 3 a 1 com dois gols seguidos. Neste momento, nenhum resultado ajudava o time cruzmaltino a se salvar, incluindo o do próprio Vasco. Jorge Luiz perdeu mais uma chance pelo alto, aos 28, mas, logo depois, o Vitória aproveitou o desespero do rival para fazer o segundo gol. Ricardinho fez boa jogada dentro da área e tocou na saída de Rafael. Adriano entrou de carrinho para colocar 2 a 0 no placar. Pedrinho não segurou a emoção e foi às lágrimas no banco se reservas. A torcida, também já incrédula, começou a deixar São Januário. Sob os gritos de "Não é humilhação, o Vasco é tradição", os cruzmaltinos aparentemente se conformaram com o rebaixamento. Leandro Domingues ainda ameaçou o gol cruzmaltino aos 37 minutos, mas Rafael fez a defesa. O Vasco tentava desordenadamente diminuir a vantagem dos visitantes. Mas não havia organização para virada ou qualquer tipo de reação. A tristeza estava na face de cada vascaíno, que acreditou até o último minuto na virada. A virada, no entanto, só começa em 2009, quando o clube vai buscar retornar ao seu lugar de direito: a Série A do Brasileirão.

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