domingo, 26 de julho de 2009

FLAMENGO VENCE O SANTOS PELA 1ª VEZ NA VILA BELMIRO

No milésimo jogo pelo Brasileirão, Fla vence o Santos pela primeira vez na Vila

Gol contra de Pará, aos 43 do segundo tempo, garante triunfo por 2 a 1 e fim do tabu rubro-negro no palco do Rei ao som de 'Zico é melhor que Pelé'

Mil jogos na conta e um tabu a menos para quebrar. No dia em que se tornou o primeiro clube a completar a milésima partida pelo Campeonato Brasileiro, o Flamengo despachou o Santos por 2 a 1 fora de casa e conquistou a primeira vitória sobre o Peixe na Vila Belmiro na história da competição. Até então o único triunfo tinha acontecido em 1976, pelo mesmo placar, em amistoso. Adriano e Pará, contra, garantiram a virada, após Róbson abrir o placar.
Com o triunfo, o time carioca chegou aos 20 pontos, na nona posição. Já os santistas, com 17, caíram para a 11ª colocação. Na próxima rodada, o Santos vai até o Recife encarar o Náutico, no estádio dos Aflitos, quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), enquanto o Flamengo recebe o líder Atlético-MG, quinta-feira, às 21h, no Maracanã.

Primeiro tempo nivelado... por baixo

Colados na tabela, cariocas e santistas comprovaram no primeiro tempo o equilíbrio evidenciado na classificação. Se logo aos 27 segundos Neymar fez boa jogada pela esquerda e rolou para um bom chute de Paulo Henrique defendido por Bruno, o cronômetro não marcava nem dois minutos quando Emerson arrancou em velocidade pelo meio atormentando a zaga rival até o desarme de Rodrigo Souto na entrada da área. Com maior posse de bola, o Peixe comandava as ações, mas assustava pouco, apesar do elétrico trio formado por Mádson, Paulo Henrique e Neymar. Se era eficiente na marcação, o Rubro-Negro pecava na armação de jogadas. Mais uma vez apagado, Kleberson não fazia a ligação entre o meio e o ataque, obrigando a equipe a tentar ligações diretas e causando reclamações de Adriano. O primeiro chute do Flamengo no alvo foi de Everton, aos 13. O ala-esquerdo limpou a jogada para o meio e chutou de direita. Felipe ficou com a bola sem dificuldade. O troco do Santos aconteceu no minuto seguinte com Mádson. O baixinho fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Neymar. O jovem já preparava a cabeçada na pequena área quando Toró fez o corte providencial.
Aos 15, Adriano recebeu de Emerson em contra-ataque veloz, deixou Domingos para trás, invadiu a área e foi atrapalhado por Léo Moura. Os três minutos agitados deram a impressão de que a primeira etapa seria movimentada. Puro engano. Restrito ao meio-campo, a partida voltou a ficar monótona e lances de perigo aconteceram somente em bola parada. Mádson levantou na área, aos 22 minutos, Welinton falhou feio e furou ao tentar fazer o corte. A bola sobrou limpa para Neymar, que chutou torto e desperdiçou a oportunidade. Aos 38, o Flamengo deu o troco na mesma moeda: de muito longe, Adriano cobrou falta com violência e obrigou Felipe a fazer uma difícil defesa.
Lances isolados de um primeiro tempo que ao menos terminou com uma boa e improvável jogada individual. Domingos abandonou a zaga para atacar de ponta-direita, driblou Willians e cruzou rasteiro. Neymar emendou de primeira, e Bruno salvou o Fla.

Gol contra decreta o fim do tabu

Na segunda etapa, o panorama da partida seguiu o mesmo: muita correria e pouca objetividade. Melhor em campo, mesmo fora de casa, o Flamengo tropeçava nos próprios erros e não conseguia assustar. Diante da falta de qualidade, Adriano tentava chamar o jogo para si e foi responsável pelas melhores oportunidades. Aos três minutos, Léo Moura cobrou escanteio, Angelim escorou de cabeça, e o Imperador arriscou uma bicicleta desajeitada. O lance deu gás ao time carioca, que se mantinha no campo de ataque, girava a bola de um lado para o outro, mas não levava perigo ao gol de Felipe. Quando o fez, aos 15, o goleiro santista deu conta do recado. Ronaldo Angelim mais uma vez desviou cobrança de escanteio e encontrou Adriano no bico da pequena área. O atacante emendou e parou nos pés de Felipe. Até então, o Peixe praticamente não tinha passado do meio-campo. Ao atacar, no entanto, foi eficiente. Aos 24, Léo roubou a bola de Léo Moura, Paulo Henrique serviu Róbson e o atacante acertou um chute seco no canto esquerdo de Bruno: 1 a 0.
O gol não alterou o panorama da partida. O Flamengo seguia com a bola, mas sem saber o que fazer. Cansado de esperar por passes no ataque, Adriano recuou para o meio e igualou o placar para os rubro-negros. Ao melhor estilo Imperador, ele pegou a bola na intermediária, aos 32, e soltou um tiro de canhota para decretar o empate.
Os cariocas pareciam satisfeitos com o resultado e passaram a segurar a bola no meio-campo, até que Bruno Paulo escapuliu pela direita e recebeu passe de Léo Moura. O jovem cruzou rasteiro, a bola passou por toda a área, e Pará impediu a conclusão de Adriano tocando contra o próprio patrimônio. Festa rubro-negra no palco do Rei do Futebol pela primeira vez na história celebrada aos gritos de "É, o Zico é melhor que Pelé!".

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