MUNDIAL DE ATLETISMO: MAURREN MAGGI SENTE JOELHO E TERMINA EM SÉTIMO
MAURREN CHORA DE DOR E POR NÃO TER SE SAÍDO MELHOR
LOGO APÓS O SALTO ELA SENTE NOVAMENTE O JOELHO
ELA BEM QUE TENTOU,MAS NÃO DEU DESTA VEZ...
LOGO APÓS O SALTO ELA SENTE NOVAMENTE O JOELHO
ELA BEM QUE TENTOU,MAS NÃO DEU DESTA VEZ...
Com dores, Maurren chora, desiste, e Brasil deixa Berlim sem medalhas
Um ano e um dia depois da vitória nas Olimpíadas, saltadora sente o joelho e termina em sétimo no Mundial: 'Doeu. Eu estava no meu limite'
Maurren lamenta um dos saltos na final Maurren Maggi foi para a Alemanha com seu já provado talento e regressará vencida de uma árdua batalha. Um ano e um dia depois do ouro nas Olimpíadas de Pequim, ela carregava, no joelho direito, a marca e a dor de uma lesão não curada. Nos ombros, a responsabilidade de um país inteiro. Na China, a vitória garantida por um centímetro fez a saltadora se desmanchar em lágrimas. No Estádio Olímpico de Berlim, o choro era de tristeza. Deu quatro saltos. Em sétimo, com 6,68m, desistiu. Keila Costa também se despediu precocemente. Errou as três tentativas e parou no primeiro corte, em 12º. O Brasil, pela terceira vez, se despede de um Mundial sem medalhas, assim como em Stuttgart-1993, e em Edmonton-2001.
- Comecei a apanhar da tábua. Doeu. Não dava para fazer mais nada. Eu estava no meu limite - disse a brasileira, com uma voz engasgada.
Nesta temporada, a melhor marca de Maurren era 6,90m, bem distante dos 7,26m, o melhor salto de sua vida. Em Pequim, saltou 7,04m na primeira tentativa e, com ela, assegurou a vitória. De lá para cá, as dores aumentaram e o desempenho diminuiu. A brasileira abriu mão de competições. O Mundial, porém, valia o sacrifício. Veja a galeria do último dia em Berlim.
- Se fosse uma competição normal, eu não viria. Sabia que, pelas minhas condições, seria difícil saltar mais de 7,0m. Fiz tudo o que tinha que fazer. Fui guerreira, mas mas não deu.
Nas eliminatórias em Berlim, sob chuva, tinha feito 6,68m e passado em quinto. Três adversárias mereciam atenção especial: a americana Brittney Reese, a são-tomense naturalizada portuguesa Naide Gomes e a russa Tatyana Lebedeva. Foi ela que, por muito pouco, não tirou da brasileira o ouro olímpico.
Reese ficou com o ouro. Um salto de 7,10m. A Lebedeva novamente restou a prata (6,97m). A turca Karin Mey Melis levou o terceiro lugar: 6,80m e um bronze com jeito dourado.
- Sabia que tinha um ou dois saltos no máximo para tentar arriscar - disse Maurren.
Campeã olímpica, Maurren faz 6,68 em seu melhor salto na final do Mundial de Berlim A brasileira fez seu já conhecido ritual. Bateu duas vezes com os braços nas pernas, gritou “Vamos” e, com o braço direito, também em dois movimentos, chamou a torcida. Correu em direção à caixa, mas não usou bem a tábua de impulsão. Desperdiçou 11,9cm no primeiro salto: 6,68m. Além das três principais adversárias, a turca Mey Melis também a superou na primeira rodada. Reese, com 6,92m, Lebedeva, com 6,78m, Gomes, com 6,77m, e Mey Melis, com 6,76m, saíam na frente em busca de uma medalha.
Era novamente a vez de Maurren. Errou a pisada. Queimou. Gomes e Mey Melis fizeram o mesmo. Lebedeva, então, foi para a liderança com 6,97m.
No terceiro salto, Maurren repetiu o ritual, começou a correr, mas diminuiu o ritmo na metade da pista. Tinha desistido. A russa Olga Kucherenko foi logo atrás e aproveitou a oportunidade para ultrapassá-la com 6,77. Brittney Reese queria voltar à ponta, e o conseguiu ao saltar 7,10m. Shara Proctor, com 6,71m, empurrou Maurren para sétimo, última posição antes do corte. Ksenija Balta, da Estônia, levava a última vaga, e Keila se despedia.
- Minha maior adversária foi a tábua – disse Keila Costa, 12ª colocada.
Maurren ia agora para a segunda parte da final. Foi quando o drama de fato começou. A brasileira saltou a 6,64m. Abaixou-se. Pôs as mãos sobre os joelhos e, depois, levou a mão esquerda, cheia de areia, ao rosto. Tentava esconder o choro. O joelho doía. Enfaixou-o, tirou a sapatilha e pôs o uniforme. As lágrimas já não eram mais segredo. Significavam o fim de um campeonato para o Brasil.
O próximo passo pode ser para a mesa de cirurgia.
- Agora eu paro. Vou tratar o meu joelho porque eu sei que sou capaz de saltar 6,90m toda hora. Acho que vou ter que fazer cirurgia. Tenho que conversar com o meu médico - disse
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