quinta-feira, 20 de agosto de 2009

SÃO PAULO VENCE O FLUMINENSE E CONSEGUE A SEXTA VITÓRIA CONSECUTIVA

RICHARLYSON DO SÃO PAULO COMEMORA O GOL DA VITÓRIA
E o São Paulo continua a sua arrancada no Campeonato Brasileiro. Na partida que marcou a volta do goleiro e capitão Rogério Ceni aos gramados, quatro meses após ter se recuperado de uma fratura no tornozelo esquerdo, a equipe, comandada por Ricardo Gomes, mesmo sem jogar bem, venceu o Fluminense por 1 a 0 na fria noite desta quarta-feira, no Morumbi, e conquistou a sua sétima vitória consecutiva na competição. É a maior sequência conquistada por uma equipe dentro do torneio.
Com o resultado, a equipe paulista, que completou sua nona partida de invencibilidade, assumiu a vice-liderança da competição, com 36 pontos, um a menos que o líder Palmeiras. Já o rival carioca, que sofreu a sua 11ª derrota em 20 partidas disputadas, segue na vice-lanterna, com apenas15 pontos conquistados.
As duas equipes voltarão a campo no próximo final de semana. O São Paulo, no domingo, vai a Curitiba enfrentar o Atlético-PR, na Arena da Baixada. No mesmo dia, o Fluminense receberá a visita do Barueri, no Maracanã.
Os dois times vieram com surpresas na escalação. No São Paulo, com problemas na defesa, já que Renato Silva e Miranda estavam suspensos, o técnico Ricardo Gomes recuou Richarlyson para a zaga e colocou Arouca no meio-campo. No Fluminense, Renato Gaúcho modificou o esquema tático, passando do 4-4-2 para o 3-5-2, com a entrada do zagueiro Cássio ao lado de Edcarlos e Luiz Alberto. No gol, Fernando Henrique foi barrado e Rafael, que havia sido titular contra o Flamengo, pela Copa Sul-Americana, ganhou nova oportunidade.
Quando a bola rolou, ficou muito clara a postura das duas equipes. O São Paulo, que tomou a iniciativa da partida, apostava na troca rápida de passes para furar o bloqueio defensivo do Fluminense, que se defendia com nove homens, deixando apenas o jovem Kieza além do meio-campo. Com isso, nos primeiros 15 minutos, o jogo foi morno, sem lances de emoção. Tanto que a primeira jogada de perigo aconteceu na bola parada, aos 16, quando Jorge Wagner cobrou falta da entrada da área e acertou o travessão de Rafael. Na volta, André Dias cruzou para a área e a bola bateu no travessão novamente.
Como os espaços eram reduzidos na intermediária defensiva do time carioca, a alternativa do São Paulo era surpreender com alguém vindo de trás. E foi dessa maneira que o São Paulo encontrou o seu gol, aos 22. Hernanes tocou para Richarlyson, que arrancou da intermediária, passou por Ruy e Edcarlos, invadiu a área e, de pé direito, bateu com categoria, no canto esquerdo de Rafael. Foi o primeiro gol do camisa 20 no Campeonato Brasileiro. (Reveja o gol marcado)
Daí para a frente, a equipe paulista passou a comandar as ações. Aos 27, Washington recebeu dentro da área e na hora do chute, tropeçou na bola, que sobrou livre para Jean. Cara a cara com Rafael, ele bateu em cima do gol e perdeu um gol inacreditável. Dois minutos depois, Washington arriscou de fora da área e Rafael fez firme defesa.
Nos últimos 15 minutos, o São Paulo diminuiu o ritmo e o Fluminense finalmente conseguiu sair do seu campo. Mas o máximo que conseguiu foi levar perigo em uma cobrança de falta, aos 41, batida por Conca, que Rogério Ceni defendeu firme no canto direito.

Etapa complementar

No segundo tempo, o Fluminense assustou logo aos dois minutos. Conca cobrou pela esquerda e Luiz Alberto, de cabeça, assustou Rogério Ceni. A bola foi por cima do gol. Aos 9, o técnico Renato Gaúcho modificou o esquema tático do time carioca, sacando o zagueiro Edcarlos e colocando Marquinho no meio-campo.
Como o Fluminense não tinha qualidade técnica para levar perigo e o São Paulo, recuado, tentava encaixar um contra-ataque para tentar marcar o segundo gol, a qualidade da partida caiu bastante. Para dar novo gás ao time, aos 20, o técnico Ricardo Gomes resolveu mexer no ataque, sacando Washington para a entrada de Borges.
E o Fluminense voltou a levar perigo aos 23, novamente na bola parada. Conca, o único a mostrar qualidade com a bola nos pés, cobrou falta pela direita e colocou na cabeça de André Dias, de cabeça, tocou para trás e quase marcou gol contra. A bola acertou o travessão de Rogério Ceni, que só olhou e torceu. Logo depois, Renato Gaúcho mudou o ataque, colocando Adeílson na vaga de Kieza. (Reveja a jogada de perigo do time carioca)
E o jogo, que no primeiro tempo estava fácil e controlado para o São Paulo, se complicou, principalmente porque a bola batia e voltava para o campo defensivo do time paulista. E o Fluminense, mais na base do abafa do que na organização, levava perigo, principalmente na bola parada. Preocupado, Ricardo Gomes mexeu no time novamente, colocando Hugo na vaga de Jorge Wagner, para tentar valorizar mais a posse de bola na intermediária ofensiva.
Nos últimos dez minutos, Renato Gaúcho partiu para o tudo ou nada, sacando o volante Diogo e colocando mais um atacante, Alan, em campo. O Fluminense armou a blitz e o São Paulo, acuado, se defendia como podia. Ricardo Gomes ainda colocou Zé Luis na vaga de Dagoberto para tentar diminuir o sufoco defensivo.
Já nos descontos, silêncio no Morumbi. Rogério Ceni sentiu dores no tornozelo e caiu no gramado. Atendido, jogou no sacrifício até o fim. A torcida, então, resolveu jogar e começou a gritar "o campeão voltou, o campeão voltou". E, no fim, a festa tomou conta do Morumbi.


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