INTER :ENTREVISTA COM EDÚ:"A TORCIDA TEM QUE ENTENDER QUE NÃO SOU O NILMAR"
Em pouco mais de 200 dias com a camisa do Inter, Edu encontrou três treinadores diferentes, Tite, que não o conhecia bem, Mário Sérgio, que trabalhou com ele rapidamente no São Paulo, e Jorge Fossati, que o acompanhava na Espanha. Aos três precisou se apresentar, explicar as funções táticas que poderia fazer e as que “gostava” de fazer.
Na Europa, ele foi centroavante em raras ocasiões. Sempre jogou como um atacante aberto pelo lado esquerdo (em certas partidas Rafael Sobis era quem corria pelo lado direito), um jogador que entrava na grande área com facilidade, batia bem de pé direito, marcava gols de cabeça e servia de garçom.
– Eu atuava num sistema 4-2-3-1. Jogávamos com dois atacantes abertos, que voltavam, e abasteciam o centroavante. Muita gente diz que eu não posso jogar ao lado do Alecsandro, que nós somos jogadores com as mesmas características. Não é verdade. Sou um jogador de movimentação. Mas a torcida precisa entender, antes, que eu não sou um Nilmar. Comparações são injustas.
Alecsandro, Taison, Walter, Marquinhos, Damião e Kléber Pereira são os que precisam chamar o gol de seu. Edu está entre eles, mas a crise técnica do time embaralhou os nomes. Ninguém sabe quem é titular, reserva. A única pista é que Walter se transformou no cara da vez. Os outros seis atacantes giram em torno dele.
– Ainda não exibi no Rio Grande do Sul o mesmo futebol que mostrei na Europa.
Edu vive numa panela de pressão. Sabe que joga mais, mas sabe também que a torcida está desconfiada, os dirigentes incomodados, o técnico indeciso. Ele entende. A vida de jogador de futebol é um recomeço diário. No Inter, ele precisa começar de uma vez por todas.
O tempo está se esgotando.
FONTE: CLICESPORTES
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