BLOG DO PAULINHO AMARAL

A confusão começou após Renato Mauricio Prado relatar uma suposta confidência feita por Galvão de certa forma diminuindo os méritos da geração que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.  "Fala agora o que você disse que eles só pegaram medalha [em 1984] por causa do boicote dos países socialistas [União Soviética, Polônia e Bulgária]", revelou. Foi o bastante para tirar o narrador do sério.

"Isso é uma coisa que você não pode dizer. Tem milhões de pessoas assistindo. Você me perdoa, mas eu jamais disse isso. Você foi extremamente deselegante porque eu não falei isso em momento algum. Jamais diria isso. Então, você por favor diga que eu não falei", respondeu.

"Não, não, não. Quem tá sendo deselegante agora é você, porque eu fiz uma brincadeira", tentou argumentar o jornalista. Em vão. "Tem que ter responsabilidade com a brincadeira que se faz", retrucou Galvão, tentando se explicar: "nós conversávamos ontem e dizíamos que nos Jogos de 1984 tinham adversários que teriam sido muito fortes, como os países da chamada 'cortina de ferro', e que falaríamos isso com o Marco Vinicius [ganhador da medalha de prata naquelas Olimpíadas e que estava presente no programa]. Não disse em momento algum que eles não teriam ganhado medalha", enfatizou o narrador.

"Pelo amor de Deus, Galvão. O tom do programa inteiro é de brincadeira e aí eu faço uma brincadeira e você começou a ter uma indignação dessa. Pelo amor de Deus", reagiu, Renato Mauricio Prado, que continuou: "não justifica essa indignação toda. Você poderia ter falado 'é uma brincadeira, pronto e acabou'. Eu hein?!! Parece um drama!!".

Mais tarde, próximo do fim do programa, Galvão se dirigiu aos telespectadores e ao próprio Renato Mauricio Prado para desfazer o mal-estar. "Quero pedir desculpas a você, Renato, e ao telespectador. Na posição que eu tenho aqui, não poderia ter me exaltado daquela maneira", disse, para, ainda assim, ouvir Renato Mauricio Prado chamá-lo de mal-humorado, dessa vez em tom menos pesado, e novamente garantindo que tudo não passou de uma brincadeira. "A brincadeira fora do ar é uma coisa. No ar, é outra", argumentou Galvão, ainda não totalmente satisfeito, mas visivelmente mais calmo. Pelo menos, no ar. Com as câmeras desligadas, vai saber, né? Que coisa, amigo!

INFORMAÇÕES:  Rogerio Jovaneli