sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

GOVERNO PODE CONTAR COM 94,5 % DE VERBAS PARA O ESPORTE

Se medida for confirmada, investimentos para a Copa 2014 serão afetados

Enquanto o Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014 e tenta sediar os Jogos Olímpicos de 2016, a crise econômica mundial chegou ao esporte no país. O governo anunciou nesta semana um corte de R$ 37,2 bilhões nas despesas previstas para 2009. Com redução de 94,5% dos seus gastos, o esporte é o segundo maior prejudicado, atrás apenas do turismo, com 95,7%.
O corte ainda é provisório, mas em março sairá o orçamento oficial para 2009 com os devidos reajustes. Se as mudanças divulgadas agora se confirmarem, o esporte, que antes teria R$ 1,376 bilhão, terá apenas R$ 75 milhões de investimentos do governo.
Ainda não se sabe como esses gastos seriam diminuídos. Os recursos da Lei Agnelo/Piva e da Lei de Incentivo Fiscal não devem ser afetados, já que não partem do orçamento direto do governo. O Ministério dos Esportes ainda não quis se pronunciar sobre a medida. Segundo sua assessoria de imprensa, o ministro Orlando Silva vai aguardar a reunião marcada para a próxima segunda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os demais ministros, na qual estarão em pauta a crise econômica e os seus efeitos no Brasil.
Outros projetos além da Copa do Mundo de 2014 e da candidatura Rio 2016 deverão ser diretamente afetados com o novo orçamento. A menos de uma semana de seu lançamento oficial, programado para o dia 3 de fevereiro, o Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos terá dificuldades para pleitear recursos do governo.
– Se houver esse corte, limita muito qualquer tipo de ajuda. Não desanima o Conselho especificamente, mas o país, né? Com certeza, vários projetos de esporte agora não poderão ser executados – avalia o presidente do Conselho dos Clubes, Sérgio Coelho.
Apesar de reconhecer que ficou complicado buscar recursos com este corte, Sérgio acredita que os projetos dos clubes poderão ser preservados.
– O dinheiro da Lei Agnelo/Piva e da Lei de Incentivo Fiscal não partem do orçamento direto do governo. Então acredito que os recursos desses projetos estariam assegurados. Inclusive, na terça eu conversei com o Orlando Silva (ministro dos Esportes) e ele disse estar aberto a conversas. Ele acha o nosso movimento justo e legítimo – afimou.

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