domingo, 26 de julho de 2009

EM RECIFE: CLÁSSICO ENTRE SPORT E NÁUTICO FICA NO EMPATE COM MUITOS GOLS

No centenário do Clássico dos Clássicos, Sport e Náutico empatam por 3 a 3

Partida tem lances emocionantes, e Carlinhos Bala, ídolo nos dois clubes, se destaca, mas times continuam mal na tabela do Brasileirão

Derley e Hamilton: briga no meio-campo intensa no Clássico dos Clássicos
Nem Sport nem Náutico tinham muito o que comemorar. Apesar de o Clássico dos Clássicos chegar ao seu centenário, os dois times pernambucanos com bonitas histórias vivem momentos difíceis no Campeonato Brasileiro. O Timbu entrou em campo neste domingo para fugir da lanterna, enquanto o anfitrião Leão sonhava sair da zona de rebaixamento. Mas o torcedor que foi à Ilha do Retiro nem pode reclamar. viu os dois times lutarem em campo pela vitória e, sobretudo, gols. A notícia ruim é que nada mudou: com o empate de 3 a 3, os clubes continuam a perigar na tabela do Brasileirão.
E no clássico centenário em que o Timbu saiu na frente, deixou o Leão virar e depois conseguiu o empate, o destaque ficou por conta de Carlinhos Bala, ídolo do Sport, agora no Náutico, mostrou que conhece o confronto como poucos: marcou dois gols e sofreu o pênalti converfido por Gilmar. Pelo Sport, marcaram na partida Fabiano, Durval e Guto,
Se o Náutico sai provisoriamente da lanterna, com 11 pontos ganhos - tem que secar o Fluminense na partida contra o Cruzeiro -, o Sport continua em 17º lugar, com 13 pontos, Daí as vaias da torcida no fim da partida. Na 15ª rodada, na próxima quarta-feira, o Sport vai ao Mineirão encarar o Cruzeiro. O Náutico receberá o Santos, no mesmo dia.
Uma coisa é certa: os times precisam melhorar, e muito. Os alvirrubros não vencem há 11 rodadas, acumulando sete derrotas e quatro empates. Os rubro-negros tentam melhorar o retrospecto na Bombonilha. Em oito jogos, tiveram número igual de vitórias e derrotas (três) e dois empates.

Força nos laterais

Com tanto tempo de conhecimento - afinal, comemora-se o centenário do clássico -, os times entraram sem essa de estudar um o outro. Como os dois precisavam da vitória, resolveram partir para cima, o que deixou o primeiro tempo com várias alternativas e lances de emoção, ainda que faltasse técnica nos dois lados. O Rubro-Negro, em casa, quis tomar conta do espaço e perdeu uma boa chance logo com um minuto de jogo. Após cobrança de falta de Élder Granja na área, Durval desviou, mas Guto, sozinho, perdeu o tempo da bola e errou o giro.
Pouco depois, aos três minutos, o Náutico deu o troco. Carlinhos Bala tomou bola no meio e lançou para Anderson Santana, pela esquerda. O lateral centrou para a área, mas a zaga do Sport abafou.
Por um bom tempo da primeira etapa, os dois laterais do Leão e do Timbu foram os principais articuladores, e por aquela faixa de campo travaram um bom duelo. Se a maior virtude do lateral-direito Élder Granja eram os centros ora de bola parada, ora de jogadas pela ponta, o lateral-esquerdo do Timbu, Anderson Santana, explorava a sua velocidade no apoio ao ataque, Só que, por ali, nem um nem outro conseguia encontrar o caminho do gol.

Os gols

As jogadas começaram a ficar manjadas. Era melhor alternar. Pela esquerda, o Sport chegou perto do gol. Dutra bateu o escanteio, Igor cabeceou e Fabiano, livre, furou na pequena área, perdendo gol feito, aos 24. E também no Clássico dos Clássicos, gol desperdiçado pode dar em punição dos "deuses" do futebol. E quem conhecia como poucos parte da história daquele confronto acabou abrindo o placar. No contra-ataque, Carlinhos Bala, por tantos anos ídolo do Sport, não perdoou o ex-clube: o camisa 10 do Timbu arrancou em velocidade ao receber lançamento de Johnny, protegeu a bola do combate de Igor e bateu rasteiro,de perna direita, à esquerda de Magrão: 1 a 0 Náutico, aos 25 minutos.
Na pressão da Bombonilha, o gol deixou o time do Sport tenso, e o do Náutico soltinho. Johnny, Ailton, Gilmar e Carlinhos Bala tocavam melhor a bola para arrancar do meio para o ataque. Do lado do Sport, Vandinho não conseguia evoluir e Guto, então, vivia seu inferno-astral com a torcida - era vaiado constantemente.
A esperança para empatar era na bola aérea. E foi num escanteio cobrado por Dutra que o Leão marcou o seu gol, aos 39. Fabiano veio de trás, subiu mais alto que a zaga do Timbu e testou firme, para o chão, no canto esquerdo de Gledson.
O gol premiou quem crescia na partida. Fabiano começava a dominar as ações no meio-campo. Tanto que, aos 45, deixou Guto na cara do gol para desempatar a partida. Mas o atacante bateu fraco de canhota, para a defesa de Gledson, irritando ainda mais a torcida do Leão.

Muitos gols

Se no primeiro tempo o Sport deu um susto no Náutico logo no início, o Timbu deu o troco, com juros e correção. E novamente pelos pés de quem conhece o clássico como poucos. Com 35 segundos, Carlinhos Bala dominou pela esquerda, chamou César para o drible e foi derrubado dentro da área. Pênalti indiscutível, que Gilmar só cobrou aos 2 minutos, sem defesa para Magrão: 2 a 1,
A pressão voltou toda para o Leão. Aos 3, um lance que gerou discussão. Em bola alçada pela direita, Durval disputou no alto com Dudu Araxá, que tocou a bola com a mão dentro da área. O árbitro Wagner Tardelli não interpretou o lance como intencional, e mandou o jogo seguir, Pouco depois, aos oito, Durval conseguiu o que queria: após falta cobrada por Dutra da meia-direita, o zagueiro pulou, dessa vez livre, e testou no canto esquerdo de Gledson: 2 a 2
O jogo continuou a ficar parelho. Típico Clássico dos Clássicos. E, por ironia do destino, o jogador mais perseguido e vaiado em campo desempatou a partida; Após falta cobrada por Sandro Goiano, Fabiano desviou de cabeça, e Guto, livre, também cabeceou para as redes, aos 22.
Mas a torcida do Leão nem teve muito tempo para comemorar. Os alvirrubros presentes à Ilha do Retiro vibraram mais uma vez com Carlinhos Bala. O nome do jogo aproveitou nova falha da defesa do Sport e empatou de cabeça, aos 28 minutos. Anderson Santana cruzou da esquerda, o goleiro Magrão saiu socando para a frente, e a bola encontrou o camisa 10 do Timbu, que testou firme,.
Os técnicos Leão e Geninho bem que tentaram tirar coelho da cartola. Fumagalli, que substituiu Guto, perdeu uma chance aos 40, e Acosta, que entrou no lugar de Galiardo, desperdiçou aos 43. Aos 45, novo gol perdido, de Fumagalli, após rebatida da defesa do Timbu. Se faltou talento, sobrou emoção.

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