BLOG DO PAULINHO AMARAL
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
BARUERÍ DERROTA O LANTERNA SPORT NO FINALZINHO
Thiago Humberto balançou as redes de Magrão aos 45 minutos do segundo tempo e garantiu a vitória do Barueri por 2 a 1 sobre o Sport, na Arena, nesta quarta-feira, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time da casa abriu o placar na etapa inicial, com Val Baiano, mas acabou sofrendo o gol de Luciano Henrique no segundo tempo. A equipe do técnico Diego Cerri chegou a temer a derrota, quando ficou com um jogador a menos em campo, mas conseguiu o gol heroico no fim.
Com o resultado, o caçula do Brasileirão chegou à sétima colocação, com 31 pontos, enquanto o Leão, que perdeu as últimas seis partidas - três delas sob o comando de Péricles Chamusca - e não vence há dez rodadas, segue na lanterna, com 13.
O Sport volta a campo no sábado, às 18h30m, quando recebe o Vitória, na Ilha do Retiro. No domingo, o Barueri encara o Fluminense, no Rio de Janeiro, às 16h.
Val Baiano abre o placar
Os donos da casa foram superiores, na primeira etapa, e acabaram se beneficiando do nervosismo dos pernambucanos, que abusaram dos erros. Aos 13, o volante Andrade tentou cortar o cruzamento na área rubro-negra, mas se atrapalhou e tocou com o braço na bola. Apesar das reclamações do Barueri, o árbitro mandou o jogo seguir.
Os paulistas quase foram surpreendidos aos 15. Luciano Henrique arriscou de longe e carimbou a trave esquerda do goleiro Márcio. Daí em diante, só deu Barueri.
Aos 23, Magrão salvou o time visitante, em cobrança de falta de Thiago Humberto espalmada para escanteio. Mas, aos 34, Val Baiano não deu chances para o goleiro rubro-negro. Após a falha do zagueiro César, que saiu jogando errado, Flavinho recebeu pela direita e cruzou para o camisa 9, sem marcação, emendar de primeira para as redes e alcançar Adriano, do Flamengo, na artilharia, com dez gols.
Flavinho ainda tentou ampliar em chute de fora da área, aos 45, mas errou a pontaria e mandou pela linha de fundo.
Leão reage, mas tropeça no fim
Para a etapa final, o Sport voltou a campo com uma alteração - Élder Granja na vaga de Moacir. O Barueri manteve a escalação e o ritmo do início do jogo. Aos 5, Thiago Humberto bateu de fora da área e quase surpreendeu Magrão, mas a bola subiu demais e saiu por cima da meta rubro-negra.
Aos oito, quem levou um susto foi Márcio. Andrade chutou com muito efeito e obrigou o camisa 1 do time paulista a mostrar serviço. A bola ainda tocou no travessão antes de sair.
O Barueri quase ampliou em bela jogada de Flavinho, que recebeu cruzamento de Thiago Humberto na ponta da área, aos 18, e emendou de primeira, mas a bola foi para fora.
O Leão acertou o travessão de Márcio mais uma vez, aos 19, no cruzamento fechado de Jonas. Na sequência, Élder Granja, em cobrança de falta, fez o levantamento na área paulista e achou Luciano Henrique livre. Com tranquilidade, o meia dominou e estufou as redes, aos 21.
Aos 33, Élder Granja armou o contra-ataque do Sport, mas foi puxado por Ewerton. O meia do time paulista, que já havia recebido cartão amarelo, acabou expulso de campo. Com um homem a mais, a equipe do técnico Péricles Chamusca aumentou a pressão, mas acabou surpreendida. Aos 45, Otacílio Neto roubou a bola de Andrade e fez o passe para Thiago Humberto tocar no canto e garantir a vitória paulista.
VITÓRIA VENCE EM CASA O ATLÉTICO PR
Leão volta a vencer após cinco rodadas, enquanto o Furacão perde a primeira sob o comando de Antônio Lopes
Depois de cinco jogos sem vencer no Brasileirão, o Vitória voltou a fazer as pazes com a sua torcida e bateu o Atlético-PR por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Barradão, pela 20ª rodada. Ramon - que chegou a 94 gols em campeonatos brasileiros -, e Neto Berola marcaram para o Leão, enquanto Wallyson descontou para o Furacão, que conheceu a sua primeira derrota após quatro partidas sob o comando de Antônio Lopes.
Na próxima rodada, o Vitória encara o Sport, sábado, na Ilha do Retiro, às 18h30m, enquanto o Atlético-PR recebe o São Paulo, domingo, às 16h, na Arena da Baixada.
Veterano Ramon coloca o Vitória em vantagem
Com menos de dez minutos, o Atlético-PR teve dois lances de perigo, pelo lado direito. Paulo Baier cobrou faltas para a área, e a zaga baiana afastou o perigo. O Vitória respondeu com um chute de Ramon, de fora da área, assustando o goleiro Galatto. Na sequência, o árbitro Wilson Souza Mendonça foi até a área técnica do Atlético-PR e pediu para que o treinador Antônio Lopes retirasse o seu blazer preto, que estaria confundindo com a camisa dos jogadores do Vitória.
Até os 15, a partida estava estudada, o Furacão rodava a bola, enquanto o Leão insistia pelo meio. Em uma descida do Atlético-PR pela esquerda, com Marcinho, Paulo Baier recebeu na intermediária e deixou com Wesley. O meia dominou e chutou forte, de fora da área, assustando o arqueiro Gléguer. Os baianos tentaram responder aos 20, mas o chute de Willian saiu sobre a meta de Galatto.
As equipes pouco criavam, e os erros de passe eram muitos. Aos 29, em mais um contra-ataque paranaense, mais uma vez Wesley chutou de longe, sobre o gol de Gléguer. A maior posse de bola dos anfitriões não era sinônimo de eficiência até os 31, quando o veterano Ramon abriu o placar. Willian desceu pela esquerda e rolou para a entrada da área, o meio-campo de 37 anos pegou de primeira, uma bomba, sem chance para Galatto - este foi o 94º gol dele em Brasileiros.
Rei da banheira no primeiro turno, com 28 impedimentos, Roger desta vez recebeu em posição legal, girou, mas chutou fraquinho, aos 35. Antes, em uma tentativa de ataque do Furacão, Marcinho recebia em posição legal, na área, mas a arbitragem vacilou e marcou impedimento inexistente. Antes do fim da primeira etapa, em um lance com Nei, Willian sentiu a coxa e foi substituído por Neto Berola, no Vitória. Nos descontos, Roger recebeu na área, cortou o colombiano Valencia, e finalizou. Nei apareceu cortando para escanteio.
Furacão chega a empatar, mas Neto Berola define para o Leão
Na volta do intervalo, o técnico Antônio Lopes fez duas alterações. Tirou o inoperante Zulo para a entrada de Gabriel Pimba, enquanto Marcinho cedeu o posto para Wallyson. Dois jogadores de velocidade para tentar dar mais dinâmica ao ataque do Furacão. E, aos quatro minutos, a alteração fez efeito. Wallyson aproveitou a bobeira do zagueiro Marcos Aurélio, roubou e escorou na saída de Gléguer, empatando para o Atlético-PR.
A maneira de jogar do Furacão não mudou. O Vitória tomava a iniciativa, e a equipe paranaense tentava encaixar os contra-ataques, forçando o erro do adversário. Aos nove, Ramon cobrou falta perigosa, e Galatto espalmou. Aos 17, Neto Berola chutou da entrada da área, e Galatto afastou para escanteio. O arqueiro atleticano começava a se transformar na maior figura em campo.
De tanto insistir, o Vitória desempatou, aos 23. O vaiado Roger descolou excelete passe para Neto Berola, na área, que bateu de chapa, no canto de Galatto. A situação do Atlético-PR piorou quando Nei foi expulso, aos 27. O lateral, que já tinha cartão amarelo, impediu a progressão de Roger e foi para o chuveiro mais cedo. A pressão baiana não parou. Aos 32, Roger chutou e Galatto não segurou, No bate-rebate, o ataque do Leão tentou ampliar, mas a defesa afastou para escanteio.
Dos 35 em diante, o Vitória diminuiu o ritmo, e o Atlético-PR correu atrás do empate. Quem contra-atacava agora era a equipe baiana, que tinha Elkeson na vaga de Roger, que saiu sob um misto de Vaias e aplausos. Fransérgio substituiu Márcio Azevedo, apagado na lateral esquerda do Furacão. Faltando poucos minutos para o fim, Carlos Alberto substituiu o veterano Ramon, que saiu aplaudido de campo e cumprimentou o técnico Vágner Mancini, que em sua primeira passagem pelo Vitória teve problemas com o meio-campo.
SANTO ANDRÉ VENCE O BOTAFOGO NO ENGENHÃO
Botafogo perde para o Santo André e mantém sina do Engenhão
Desorganizado, Alvinegro sofre 2 a 1, é xingado pela torcida e pode terminar rodada no Z-4. Ramalhão, no entanto, escapa provisoriamente
O Botafogo encarava a partida contra o Santo André como o que poderia marcar as pazes com a Engenhão e o início da recuperação no Campeonato Brasileiro. Mas foi o time paulista, que ocupava a zona de rebaixamento e não vencia há oito partidas, que saiu de campo com os três pontos, fazendo 2 a 1, nesta quarta-feira, em jogo válido pela 20ª rodada. A torcida, revoltada, gritou “time de m...”. O Alvinegro chegou à terceira derrota em oito partidas em seu estádio. São apenas três vitórias e dois empates.
Com o resultado, o Santo André chegou aos 21 pontos na classificação, deixou a zona da degola e passou o Botafogo na classificação. A equipe de Estevam Soares, por outro lado, pode dormir na zona de rebaixamento, caso o Coritiba não perca para o Palmeiras, ainda nesta quarta-feira. Na próxima rodada, o time paulista recebe o Coxa, e o Alvinegro vai ao Pacaembu para enfrentar o Corithians, no domingo.
Nem parecia que o Botafogo disputava uma partida considerada como chave para seu desempenho no Campeonato Brasileiro. Mas o Santo André, sim. Enquanto o time da casa mostrava displicência, os paulistas aproveitavam de sua velocidade e da fraca marcação adversária para surpreender.
E foi assim que o Santo André abriu o placar, logo aos quatro minutos de partida. Numa jogada rápida pela direita, Cicinho avançou e tocou para Júnior Dutra, que recebeu no meio e, sem ser incomodado, driblou e tocou na saída de Flávio, fazendo 1 a 0.
Embora ainda apoiando, a torcida do Botafogo passou a vaiar Emerson, que tentava ajudar o ataque com algumas subidas pela direita. Mas o Alvinegro não conseguia construir qualquer jogada, e o Santo André apenas esperava um erro para sair em contra-ataque. Dessa forma os paulistas ampliaram, aos 15 minutos, quando Juninho perdeu uma bola em seu campo defensivo uma bola para Júnior Dutra, que avançou pela direita e apenas tocou para Nunes, que completou para a rede.
A partir de então, o capitão e ídolo dos alvinegros foi a vítima das vaias, que também se estenderam a Eduardo. A paciência dos torcedores acabou, e a de Estevam Soares também. Aos 17 minutos o treinador gritou para que todos os reservas fossem para o aquecimento.
Dentro das quatro linhas, a torcida gritava raça e exigia atitude de um time que mostrava pouca coordenação em campo. O Santo André permanecia com 11 jogadores em seu campo defensivo, esperando mais um erro do Botafogo para buscar mais um gol. Mas apesar da falta de objetividade, o Alvinegro conseguiu diminuir a diferença no fim do primeiro tempo.
André Lima subiu para dominar uma bola levantada na área e levou um tranco de Vinícius Orlando. O árbitro não teve dúvidas em marcar o pênalti. Como Lucio Flavio, cobrador oficial, cumpria suspensão, coube ao atacante a cobrança. Ao contrário do que aconteceu na derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, ele cobrou com precisão no canto direito de Neneca, fazendo 2 a 1 aos 41 minutos.
O Botafogo voltou para o segundo tempo com Reinaldo no lugar de Jônatas. O atacante atuou um pouco mais recuado, mas chegando à frente para combinar jogadas com a dupla ofensiva. O Alvinegro mostrou mais vontade e chegou com perigo nos primeiros minutos. Victor Simões, de cabeça, exigiu boa defesa de Neneca. Em seguida, Batista desperdiçou boa oportunidade dentro da grande área.
Mas com o passar dos minutos, o clima de desespero começou a ficar claro. O Botafogo deixou de lado o toque de bola e passou a apostar nas bolas altas na área. O Santo André se fechava à frente de sua área e tirava as bolas da maneira que podia. E quando construiu uma jogada pelo chão, o Alvinegro ganhou uma vantagem importante aos 26 minutos, depois que Vinícius Orlando cometeu falta em André Lima e foi expulso, após receber o segundo cartão amarelo.
No entanto, o fato de ter um jogador a mais não foi aproveitado pelo Botafogo. A equipe seguiu errando muitos passes, não conseguindo chegar com perigo ao gol do Santo André. Nas poucas vezes que isso aconteceu, o goleiro Neneca apareceu bem.
GRÊMIO PERDE NOVAMENTE FORA DE CASA,DESTA VEZ FOI O SANTOS
Gol de Ganso dá vitória ao Peixe sobre o Grêmio na Vila Belmiro
Santos não vencia em casa desde o dia 22 de julho, quando derrotou o Furacão. Já Tricolor segue sem triunfos como visitante
No confronto entre o mandante bonzinho e o convidado educado, melhor para o time da casa. O Santos venceu o Grêmio por 1 a 0, gol de Paulo Henrique Ganso, e foi a 28 pontos, igualando-se ao próprio tricolor, que leva a melhor por ter uma vitória a mais. O time da Vila ocupa momentaneamente o décimo lugar. Já a equipe gaúcha está em sétimo.
Essa foi apenas a quarta vitória santista em nove jogos na Vila Belmiro neste Brasileirão. O time não vencia em seus domínios desde o dia 22 de julho, quando bateu o Atlético-PR. Já o Grêmio continua sem conseguir vencer fora. Em dez jogos, oito derrotas e dois empates.
O Santos volta a jogar no domingo, contra o Goiás, às 18h30m (horário de Brasília), no Serra Dourada. Já o Grêmio, no mesmo dia, mas as 16h, recebe o Atlético-MG, no Olímpico.
Jogo feio e erro da arbitragem
O primeiro tempo de Santos e Grêmio foi um castigo para os torcedores que foram à Vila Belmiro nesta quarta-feira à noite. Um jogo sofrível. O Santos tentava construir jogadas, mas não tinha criatividade para superar a marcação gremista, que, por sua vez, pegava muito forte no meio, mas não conseguia trocar passes na frente.
Dessa forma, o jogo ficou amarrado no meio-de-campo até os 29 minutos, quando Jonas tentou quebrar a monotonia com um chute de fora da área. Felipe espalmou para escanteio com dificuldades.
O Santos insistia pelo lado direito, já que, na esquerda, o volante Pará, improvisado na ala, tinha dificuldades para cruzar. Pela direita, George Lucas chegava com mais liberdade, chegou a acertar alguns cruzamentos, mas Kléber Pereira, perdido no meio dos zagueiros gremistas, não conseguia sequer encostar na bola.
Mesmo jogando mal, o Peixe tomava a iniciativa e chegou até a abrir o placar. Aos 31, Madson cruzou da direita. Germano tentou desviar, mas a bola entrou direto. A arbitragem, porém, anulou o gol alegando impedimento do volante santista, que estava em posição regular.
Se o juiz atrapalhou aos 31, aos 35 faltou foi categoria para Kléber Pereira. Paulo Henrique Ganso cruzou da direita, Rafael Marques tentou afastar e mandou no travessão. A bola voltou para o atacante santista, que tentou um voleio. Mas, desengonçado, pegou muito mal e mandou por cima.
Grêmio recua, Peixe vai para cima e Ganso garante
O segundo tempo foi um pouco mais movimentado. Graças principalmente ao fato de o Peixe ter adotado uma postura mais ofensiva. Com Neymar em campo (ele entrou no lugar de Germano), o Peixe ganhou maior mobilidade no ataque e empurrou o Grêmio para trás. Logo aos 6, o garoto santista invadiu a área fazendo fila e quase marcou um golaço, quando chutou rasteiro. Victor defendeu.
O Grêmio se armou para tentar puxar contra-ataques, mas a defesa santista, bem posicionada, não dava chances.
À medida que o tempo ia passando, o time santista começava a se enervar. Com campanha ruim como mandante no primeiro turno, o Peixe planejava começar a mudar isso na primeira rodada do returno. Mas faltou acertar os passes. A equipe dominou a posse de bola, conseguiu chegar à área gremista, mas na hora do passe final, faltou capricho.
Quando o passe saiu, saiu também o gol. Aos 34, George Lucas acertou bom cruzamento da direita, na cabeça de Paulo Henrique Ganso, que entrava pelo meio. O golpe saiu certeiro, com força, sem chances para Victor.
Ao levar o gol, o Grêmio tentou sair desordenadamente, dando espaços para o Peixe atacar. Aos 41, Rafael Marques fez falta dura em Neymar e foi expulso. Com um jogador a mais, o Peixe tratou de segurar o ímpeto do Grêmio, mas teve muito trabalho. O time gaúcho deixou a cautela de lado e se lançou com tudo para a frente. Até o goleiro Victor foi ao ataque nos últimos minutos para tentar o empate. Mas não deu.